E-commerce brasileiro fatura R$ 16 bilhões no primeiro semestre

No primeiro semestre de 2014 o comércio eletrônico brasileiro registrou faturamento de R$ 16 bilhões, um crescimento nominal de 26% em relação ao mesmo período do ano passado. Até o final do ano, a previsão é atingir uma receita de R$ 35 bilhões, um resultado que será 21% superior ao registrado em 2013, alcançando 104 milhões de pedidos. Estes são alguns dos principais dados do 30º relatório WebShoppers, divulgado pela E-bit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico.

O e-commerce está conseguindo atrair cada vez mais o consumidor brasileiro, que se mostra mais e mais interessado em aproveitar as facilidades e os atrativos oferecidos por este canal, afirma o diretor executivo da E-bit, Pedro Guasti. Promoções, variedade de produtos, entrega em casa e com frete grátis, além do poder de decisão da compra pela pesquisa em diversas lojas virtuais e a mobilidade são alguns dos fatores que vêm contribuindo para que o consumidor feche a compra pela Internet, acrescenta.

Neste primeiro semestre, o número de pedidos chegou a 48,17 milhões contra 35,54 milhões nos seis primeiros meses de 2013. Já o tíquete médio ficou em R$ 333,40. Um dos fatores responsáveis por este crescimento nas vendas é, segundo o relatório, a entrada de novos consumidores no varejo online, que, até junho, foi de 5,06 milhões. No total, 25,05 milhões de consumidores fizeram compras pela Web no primeiro semestre. Até o final de 2014, a E-bit prevê que as lojas online brasileiras alcancem 63 milhões de consumidores únicos, que já realizaram pelo menos uma compra pela Internet.

Copa do Mundo impulsiona vendas de TVs

A Copa do Mundo ajudou a elevar o volume de vendas do comércio eletrônico, como aconteceu nas últimas edições do evento. No entanto, apenas 11% dos entrevistados disseram ter sido motivados a comprar algum produto por causa do Mundial. No período que antecedeu a competição, foi verificado um considerável aumento de vendas de aparelhos de TV e produtos correlatos ao evento, como camisas de time e bolas de futebol.

Os produtos com “apelo” Copa do Mundo que tiveram vendas mais concentradas no canal online foram smartphones, GPS com TV, câmera digital, celulares, tablets e jogos/games de futebol. A participação (quantidade de pedidos e volume financeiro) dos aparelhos de TV na categoria Eletrônicos cresceu no comércio eletrônico nos meses que antecederam a Copa. Se em janeiro de 2014 a compra de TVs representava 39% na categoria Eletrônicos, em junho este índice subiu para 48%.

Moda continua líder entre as categorias mais vendidas

A categoria de Moda e Acessórios manteve a liderança conquistada há um ano nas vendas do comércio eletrônico brasileiro. Com participação de 18% no volume total de pedidos, é seguida por Cosméticos e Perfumaria/Saúde (16%), Eletrodomésticos (11%), Livros/Assinaturas e Revistas (8%) e Telefonia/Celulares (7%) e Informática (7%).

Mobile commerce cresce 84% em um ano

Uma tendência já apontada pelos especialistas e pelo próprio WebShoppers na edição anterior, as vendas efetuadas por dispositivos móveis vêm aumentando ano após ano, uma decorrência do uso cada vez maior de celulares pela população, bem como a aquisição de tablets.

Nos primeiros seis meses deste ano, a participação dos dispositivos móveis nas vendas subiu de 3,8% (junho de 2013) para 7% (junho de 2014), um crescimento de 84% no período de um ano. Em 2014 foram realizados 2,89 milhões de pedidos, resultando em um faturamento de R$ 1,13 bilhão.

A mobilidade vem ganhando atenção por parte das empresas, que percebem esta mudança no comportamento dos consumidores. Por conta disso, elas começam a desenvolver seus sites e aplicativos para atender a este canal, além de cuidar da segurança para que seu público possa usufruir das facilidades do mobile sem receio, afirma Guasti.

No perfil deste consumidor, 57% são mulheres e, entre elas, a faixa etária que compõe a maioria é de 35 a 49 anos. As classes A e B respondem por 64% dos participantes do m-commerce, segundo o relatório.

Net Promoter Score ultrapassa 60%

Com apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o WebShoppers divulga também a análise dos preços do setor através do Índice FIPE / Buscapé e o indicador Net Promoter Score (NPS), que mede diretamente a satisfação e experiência do consumidor em sua compra online.

Neste primeiro semestre, houve melhora no indicador Net Promoter Score (NPS), de 58,96% (junho de 2013) para 60,46% (junho de 2014), o que denota uma sensível melhora na satisfação e fidelização dos e-consumidores. Já a participação do frete grátis nas compras caiu de 62% (junho de 2013) para 50% (junho de 2014), o que demonstra uma oferta mais consciente deste incentivo pelas lojas virtuais aos consumidores.

Já o Índice FIPE/Buscapé apontou queda média mensal de -0,34% nos preços, de março a junho de 2014. Dos nove meses em que houve aumento de preço, quatro estão concentrados no segundo semestre de 2013 em função do impacto da desvalorização de cerca de 16% do real no curto prazo sobre os preços de produtos importados que têm grande peso no e-commerce, como eletrônicos, informática, telefonia e fotografia.

Dos dez grupos de produtos analisados pelo indicador durante o primeiro semestre de 2014, seis apresentaram redução nos preços e quatro registraram alta. O grupo com a maior queda foi Moda & Acessórios (-8,61%).

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CEO at Bzness. Especializado em gestão de comunicação digital.

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